Não, com certeza não. Cabral e sua frota chegaram a uma terra nova, local que era desconhecido ou novo apenas para eles, europeus.
A terra tocada pela esquadra portuguesa não estava às traças, abandonada ou sem dono: tinha um grupo de homens, quase três milhões de índios, que já ocupavam a terra. Aliás, no momento em que Cabral avistou o Monte Pascoal na Bahia, estes índios lutavam entre si pela posse dos melhores rios, excelentes vales e as praias mais atraentes.
Descoberta mesmo, apenas do ponto de vista da falta de conhecimento européia. O que se descobriu foi uma rota, um caminho, um rumo em direção a “uma nova” terra. Não se descobriu um país em 1500, foi um encontro, contato imediato, entre povos, culturas, civilizações.
Tal encontro de civilizações será rico e frutífero, dele emergirá ao longo de tanto trabalho – um país novo, nem cópia de Portugal, nem evolução da cultura daqueles homens que foram à praia receber a frota de Cabral. Será algo novo, esta soma sem produto, esse resultado em aberto, que resulta assim no Brasil, nosso Brasil!
Bibliografia
LINHARES, Maria Yedda (org.). História Geral do Brasil. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990 – 20ª reimpressão.
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