quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CABRAL DESCOBRIU O BRASIL?


Não, com certeza não. Cabral e sua frota chegaram a uma terra nova, local que era desconhecido ou novo apenas para eles, europeus.
A terra tocada pela esquadra portuguesa não estava às traças, abandonada ou sem dono: tinha um grupo de homens, quase três milhões de índios, que já ocupavam a terra. Aliás, no momento em que Cabral avistou o Monte Pascoal na Bahia, estes índios lutavam entre si pela posse dos melhores rios, excelentes vales e as praias mais atraentes.
Descoberta mesmo, apenas do ponto de vista da falta de conhecimento européia. O que se descobriu foi uma rota, um caminho, um rumo em direção a “uma nova” terra. Não se descobriu um país em 1500, foi um encontro, contato imediato, entre povos, culturas, civilizações.
Tal encontro de civilizações será rico e frutífero, dele emergirá ao longo de tanto trabalho – um país novo, nem cópia de Portugal, nem evolução da cultura daqueles homens que foram à praia receber a frota de Cabral. Será algo novo, esta soma sem produto, esse resultado em aberto, que resulta assim no Brasil, nosso Brasil!


Bibliografia
LINHARES, Maria Yedda (org.). História Geral do Brasil. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990 – 20ª reimpressão.                               



EVECAD – Artes Visuais – UNIFAP

JEAN BAPTISTE DEBRET

Todos os artistas que fizeram parte da missão artística francesa tiveram excepcional participação no registro de imagens que revelaram a beleza de nossa terra. Mas Debret nos deixou não só uma grandiosa documentação visual da época, deixou também uma fonte básica para estudo da cultura e paisagem brasileira do século XIX, além de ajudar a formar a idéia de liberdade artística numa sociedade que se acostumara com artesanato e com a arte ditada pela religião.
Aquarela de Debret que mostra uma sapataria onde o dono castiga um de seus escravos trabalhadores. Debret nos deixa uma cena de repreensão, medo por parte de um dos escravos que olha o que está acontecendo, despreocupação por parte de outro que está concentrado e quem sabe satisfação por parte da mulher mulata que está observando a cena atrás da porta, amamentando seu filho sem sinais de indignação mesmo sendo uma mulata. Poderia estar Debret afirmando um certo ar de prazer dela ao espiar o castigo, alegria em ter saído deste meio escravo por ter um filho dele que um comerciante português.
Sob o olhar sensível temos imagens que falam por si até hoje sobre a história, vida, luta de um povo, o Brasil.

Referência:

Ouro Preto

Ouro Preto Cidade Patrimônio Mundial da Humanidade
Aniversário: 8 de julho
Fundação:    1711
Gentílico: ouro-pretano
Lema: proetosum Arum Negrum
(traduzido do latim, significa: "Precioso Ouro Negro)


A cidade de Ouro Preto está localizada na Serra do Espinhaço, região metalúrgica de Minas Gerais, a 1.150 metros de altitude. Recebeu esse nome devido a uma característica do mineral aqui encontrado na época: o ouro era escurecido por um camada de paládio, dando-lhe tonalidade diferente do normal.

Os Bandeirantes como sempre atrás de Índios, que trabalhariam como  escravos, vieram de SP em expedição pôr estas terras quando um de seus escravos encontrou pequenas pedras que chamaram a atenção dos bandeirantes, que após isso foram levadas ao Governador do Rio de Janeiro que vendo a pedra constatou ser ouro. A partir de então o lugar virou o reduto do ouro, localizado apenas pelo maciço de pedra Itacurumim hoje Pico do Itacolomy.


A notícia da descoberta se espalha e cada vez mais pessoas partem atrás das riquezas que dizem haver por ali. Diversas expedições tentam sem sucesso encontrar o local do ouro, Até que em 1698 o paulista Antônio Dias de Oliveira alcança a região do Itacolomi e, descobrindo um veio riquíssimo, resolve se estabelecer, mandado buscar amigos e parentes em Taubaté.

A partir daí, aumenta o número de bandeirantes que se dirigem à região. O metal é abundante, encontrado no leito e às margens dos rios e na encosta dos morros. A atividade mineradora torna-se naturalmente a mais importante, e a inexistência de trabalho agrícola provoca fome e faz com que muitos aventureiros abandonem seus achados e retornem às suas terras de origem, retardando a efetiva ocupação do território.

Entre 1708 e 1709, paulistas — os primeiros descobridores da região — se revoltam contra os forasteiros, em sua maioria portugueses, baianos e pernambucanos. A rivalidade entre os dois grupos e a preponderância administrativa dos paulistas, que fazem a distribuição de veios de ouro, culmina na Guerra dos Emboabas. Liderados pelo comerciante português Manuel Nunes Viana, os forasteiros saem vitoriosos, tornando mais democrática a aventura do ouro.

A cada dia os pequenos arruamentos ganham novas edificações, e o comércio surge com certa intensidade, dando configuração urbana à primitiva região mineradora. O visível crescimento desses arraiais leva o governador da capitania Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho a criar, em 1711, Vila Rica.

Ao longo dos anos, a preocupação com a preservação de Ouro Preto se concretizou através de sucessivas medidas oficiais. Em 1931, o prefeito João Batista Ferreira Velloso proíbe construções que alterem o 'facies' colonial da cidade. Dois anos depois, é decretada Monumento Nacional, sendo inscrita em 1938 no Livro de Tombo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, SPHAN. Em 1944, ano do bicentenário do poeta e inconfidente Tomás Antônio Gonzaga, a criação do Museu da Inconfidência reforça a relevância histórica e artística de Ouro Preto no cenário nacional. Em 1980, após importantes estudos feitos por uma equipe de especialistas vinculados à Unesco, a cidade é reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade.













Referências: 
http://cidadebrasileira.brasilescola.com/minas-gerais/historia-ouro-preto.htm